6 a 8 de Julho 2007
II MOGAV de Vilamar atraiu mais de 10 mil pessoas
Terminou a segunda edição da mostra de ourivesaria, gastronomia e artesanato de
Vilamar (MOGAV). Milhares de pessoas passaram por esta freguesia de
Cantanhede no fim-de-semana. Organização diz que foi um êxito
A MOGAV – Mostra de Ourivesaria, Gastronomia e Artesanato de Vilamar é um caso raro de sucesso logo à nascença. Esta foi a segunda edição organizada pela Junta de Freguesia local e, a diferença de um ano para o outro, fica logo patente no aumento para o dobro de expositores de ourivesaria, do número de visitantes, dos espectáculos associados e das iniciativas de índole cultural e musical.
De tal forma que, durante os três dias do evento, o recinto esteve a “abarrotar” de gente até altas horas da madrugada, calculando a organização que terão passado por
Vilamar e pela MOGAV «mais de 10 mil pessoas».
«O balanço é francamente positivo. Se já considerámos um sucesso a primeira edição da MOGAV, esta, então, superou todas as expectativas, o que nos leva a ir mais longe no próximo ano, como, aliás, anunciei no dia de abertura», referiu à nossa reportagem Egídio Patrão, o rosto da organização deste certame.
Ir “mais longe”, para este responsável, é consolidar o reconhecimento nacional da importância desta mostra de ourivesaria «e projectar Vilamar e os seus ourives por todo o país», mas também ultrapassar as fronteiras e internacionalizar a MOGAV.
A verdade é que, de uma edição para a outra, tudo duplicou e o espaço onde se realiza o evento é já considerado minúsculo para albergar tanta gente e, sobretudo, acolher os expositores interessados em estar presente no evento.
«O ano passado tivemos 12 expositores, este ano vieram 26 e muitos, infelizmente, ficaram de fora por falta de espaço», refere Egídio Patrão, que já está a pensar em alternativas para o próximo ano.
Alternativas que podem passar pela montagem de mais uma tenda gigante para acolher mais fabricantes e industriais de ourivesaria ou simplesmente conseguir um espaço mais amplo e diferente do actual, o
largo da Igreja Matriz, claramente demasiado pequeno para albergar tanta gente.
Até porque, conta Egídio Patrão, a MOGAV já chegou ao estrangeiro, nomeadamente a Espanha e Itália, onde designers de ourivesaria mostraram interesse em estar presentes nesta edição, mas, precisamente por não haver vagas de espaço, tiveram de ficar em lista de espera para a próxima edição.
«Esta segunda MOGAV foi o ponto de partida para um grande evento internacional na próxima edição, mas para isso contamos com uma parceria mais ampla da Câmara de Cantanhede e da própria INOVA, de forma a que esta mostra de ourivesaria de Vilamar possa ficar associada à Expofacic e ao Dixieland como uma referência concelhia», explica o presidente da Junta de Vilamar, que conta também com um aliado de peso, a própria Região de Turismo do Centro (RTC), que anunciou através do seu presidente, Pedro Machado, o apoio à criação de uma rota de ourivesaria, baseando-se neste evento que «traduz a força» e o papel activo das autarquias de freguesia «muito activo na dinamização cultural».
E a força de Vilamar e desta já emblemática mostra de ourivesaria fica patente, também, através de dois convites que chegaram a Egídio Patrão no decorrer desta edição.
«Fomos convidados a fazer uma mostra deste género nos Estados Unidos da América, mais propriamente em Nova Jersey, onde existe uma grande comunidade de
vilamarenses, e também em Angola», refere ao nosso Jornal o “pai” da MOGAV, obviamente «muito honrado» pelo convite.